terça-feira, 29 de março de 2011

A TRAIÇÃO










Jesus de Nazaré, que era toda sinceridade, fraternidade e afeto, sentiu na face o beijo do amigo traidor.

Após anos de convivência...

Muitos momentos compartilhados...

O afeto dividido no convívio diário...

Caminhavam juntos, todavia, a fraqueza de Judas o levou a atraiçoar o Sublime Amigo, entregando-O aos inimigos, com um gesto de extrema intimidade: Um Beijo.

Judas havia acertado que denunciaria o Cristo com um beijo, já que não tinha coragem de fazê-lo verbalmente diante dos demais amigos. Jesus, todavia, sabia da finalidade daquele ósculo, pois falara, anteriormente, que um dos Seus O trairia.

Diante da negação de Pedro, Jesus fala da fragilidade das almas que ainda não descobriram os verdadeiros valores da vida.

Jesus sorveu novamente a taça amarga da traição no momento de Sua crucificação. As mesmas pessoas a quem tinha levado a Boa Nova, havia curado, levantado moralmente, e que O aplaudiram na entrada triunfante em Jerusalém, agora O agrediam com gestos e palavras torpes.

Uma vez mais Jesus perdoa e roga: Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.

Judas, caindo em si, não suportou carregar na intimidade a amargura, e, num ato de desespero, buscou o suicídio na tentativa vã de apagar da mente a ação infeliz cometida contra o Amigo devotado e fiel.

A multidão que foi beneficiada pelo Sublime Galileu e que O desprezou na hora final, certamente amargou, ou amarga ainda hoje, o ato de covardia e traição.

Não sabemos se respondemos as questões do nosso prezado ouvinte, mas expomos os exemplos do Homem de Nazaré, que temos por Modelo e Guia.

Em Seus ditos e feitos, Jesus deixa claro que a melhor atitude de nossa parte, é o perdão.

E em todas as circunstâncias, é melhor sofrer uma traição do que ser o traidor, pois esse, quando se der conta da sua fraqueza, sentirá nas profundezas da alma, o gosto amargo do arrependimento, e certamente buscará reparar a falta junto àqueles a quem traiu.

Quanto ao traído, de nada terá que se arrepender, desde que não busque a vingança, e saiba seguir o exemplo de Jesus, entendendo que os homens são mais frágeis, que verdadeiramente maus.

Pense Nisso!

* * *

A justiça conduz a taça que envenenamos aos nossos lábios, da mesma forma que nos traz o perfume das flores que semeamos.

Assim, se hoje sentimos a navalha da traição dilacerando as fibras da nossa alma, pensemos que talvez sejamos o traidor de ontem. E a mesma dor que ora sentimos, qui

çá tenhamos provocado nos mesmos Espíritos que hoje nos negam fidelidade.

Assim, seja qual for a nossa situação, lembremos os ensinos de Jesus, e busquemos junto ao Seu coração magnânimo, as forças para seguir-Lhe os exemplos.


A Canção do Amor

Quando Karen, como qualquer mãe, soube que um bebê estava a caminho, fez todo o possível para ajudar o seu outro filho, Michael, com três anos de idade, a se preparar para a chegada.

Os exames mostraram que era uma menina, e todos os dias Michael cantava perto da barriga de sua mãe. Afinal, ele já amava a sua irmãzinha antes mesmo dela nascer.

A gravidez se desenvolveu normalmente.

No tempo certo, vieram as contrações. Primeiro, a cada cinco minutos; depois a cada três; então, a cada minuto uma contração.

Entretanto, surgiram algumas complicações e o trabalho de parto de Karen demorou horas. Enfim, depois de muito tempo de sofrimento, a irmãzinha de Michael nasceu. Só que ela estava muito mal.

Com a sirene no último volume, a ambulância levou a recém-nascida para a UTI neonatal do Hospital Saint Mary.

Os dias passaram. A menininha piorava. O médico disse aos pais para se prepararem para o pior. Haviam poucas esperanças. Karen e seu marido começaram, com muita tristeza, os preparativos para o funeral.

Enquanto isso, Michael pedia todos os dias aos pais que o levassem para conhecer a sua irmãzinha.

Eu quero cantar para ela,dizia.

A segunda semana de UTI entrou e não se sabia se o bebê sobreviveria até o fim dela.

Michael continuava insistindo com seus pais para que o deixassem cantar para sua irmã, mas crianças não podiam entrar na UTI.

Então a mãe, Karen, decidiu: levaria Michael ao hospital de qualquer jeito. Ele ainda não tinha visto a irmã e, se não fosse hoje, talvez não a visse viva.

Ela vestiu Michael e rumou para o hospital. A enfermeira não permitiu que ele entrasse e exigiu que ela o retirasse dali.

Mas Karen insistiu: Ele não irá embora até que veja a sua irmãzinha!

Diante da insistência e sofrimento daquela mãe, a enfermeira levou Michael até à incubadora.

Ele olhou demoradamente para aquela trouxinha de gente que perdia a batalha pela vida e, depois de alguns minutos, começou a cantar com sua voz infantil:


Naquele momento, o bebê pareceu reagir. A pulsação começou a baixar e se estabilizou. Karen encorajou Michael a continuar cantando.Você é o meu sol, o meu único sol. Você me deixa feliz mesmo quando o céu está escuro...

E ele prosseguiu: Você não sabe, querida, o quanto eu a amo. Por favor, não leve o meu sol embora...

Enquanto Michael cantava, a respiração difícil do bebê foi se tornando suave.Continue, querido! - pediu Karen, emocionada.

E Michael sussurrava baixinho: Outra noite, querida, eu sonhei que você estava em meus braços...

O bebê começou a relaxar. Michael cantava. A enfermeira começou a

chorar.Você é o meu sol, o meu único sol. Você me deixa feliz mesmo quando o céu está escuro... Por favor, não leve o meu sol embora...

No dia seguinte, a irmã de Michael já tinha se recuperado e em poucos dias foi para casa.

O Woman's Day Magazine chamou essa história de O milagre da canção de um irmão. Os médicos chamaram simplesmente de milagre. Karen chamou de milagre do amor de Deus.

* * *

O amor é a presença de Deus no coração das criaturas. É força incrivelmente poderosa, capaz de modificar as situações mais difíceis.

Quem ama, envolve a pessoa amada em suave bálsamo perfumado que penetra e alivia as dores, os medos, a insegurança.

O amor fortalece a confiança, faz florescer a esperança, renascer a alegria, ressurgir a felicidade.



Redação do Momento Espírita, com base em fato.

Em 27.10.2008